A dança contemporânea é diferente de algumas outras disciplinas, como por exemplo o ballet clássico, na medida em que o objectivo não é tanto realizar certas formas com o corpo mas está muito mais ligada à sensação física que a bailarina ou o bailarino têm da experiência do movimento.
É esta a principal diferença que a professora Ana Montalvão nota na atitude das alunas quando chegam pela primeira vez a uma aula:
Nos exercícios mais livres algumas alunas por vezes têm uma certa timidez comparadas com quem já têm alguma experiência de improvisação, mas ao fim de algum tempo habituam-se e ganham à vontade para experimentar e evoluir.
Para além da evolução física, também aqui a Ana nota uma grande evolução nas turmas.
Quando começamos a trabalhar exercícios de improvisação e na fluência de movimento, as alunas primeiro memorizam sequências, mas ao fim de algumas aulas começam a conciliá-las e é aí que surge a dança
Relação que se cria entre as pessoas
A relação entre as pessoas surge naturalmente, quer entre as alunas, quer entre estas e a professora.
A relação é natural. Não há distanciamentos nem formalismos entre alunos e alunos e professor. Eu também estou, como elas, a descobrir, em trabalho de pesquisa, e isto coloca-nos a todas na mesma frequência. E com esta descontração acaba por haver um diálogo importante na aprendizagem.
Mesmo em termos de improvisão, apesar da professora realizar propostas, as alunas também lançam ideias.
Enquanto professora eu tenho de estimular e motivar, não imponho mas dou liberdade na escolha de temas e peço-lhes sugestões e ideias que possam ser trabalhadas pela turma.
Para saber mais
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